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26 de novembro de 2008

Humanização Hospitalar o respeito no cuidar

Humanização hospitalar refere-se a uma visão completa do processo de funcionamento do hospital.
Humanização é a palavra utilizada para falar da melhoria da qualidade do atendimento aos clientes. É o cuidado prestado com respeito dignidade, ternura, empatia ao cliente e sua família. O termo envolve paciente, seus familiares sem excluir os profissionais envolvidos na instituição independente da função.
Pressupõe um olhar além da técnica, depende da capacidade de falar e ouvir pois as coisas do mundo só se tornam humanas quando passam pelo diálogo.
Após várias reclamações que davam conta do mau atendimento recebido pelos usuários do SUS (sistema Único de Saúde); em 2001 o Ministério da Saúde lançou o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) com o objetivo de melhorar a qualidade e a eficácia do atendimento promovendo assim uma nova cultura de humanização na rede hospitalar capacitando os profissionais para um atendimento mais solidário e, cada gestor deve buscar o modelo que melhor se enquadre na sua instituição.
Quando se procura um hospital o que se espera é que essa “ visita” seja o mais breve possível e se descubra rapidamente o que se tem . Mas, nem sempre isso é possível. A demora no diagnóstico pode ser um dos motivos para que a permanência no hospital se prolongue mais do que o esperado. Aí, surgem os problemas da internação.
Ao adoecer o paciente vivencia intensas transformações e é real a presença de uma crise. No que diz respeito à própria vida e a doença que também causa intensas repercussões.
Adoecer significa estar em contato com a possibilidade da doença, conviver com patologias que até então existiam como meras possibilidades, sem a chance efetiva de se tornarem realidade. Se o processo orgânico do adoecer leva a uma ruptura da realidade cotidiana (a hospitalização quando necessária vai descortinar uma nova realidade) As conseqüências a partir do diagnóstico podem mudar de forma significativa não só a vida do sujeito hospitalizado mas também de toda a estrutura familiar.
Adoecer implica em mudanças na rotina, afastamento dos entes queridos, amigos, atividade profissional e tudo isso gera um grande fator de ansiedade. A pessoa hospitalizada mostra-se geralmente confusa e aturdida com o impacto desta nova realidade.
Tendo como fator primordial as características individuais de cada paciente, é preciso entender que cada um trás consigo suas fantasias e crenças sobre internação e a doença.
E, pensando desta forma, mais do que nunca é preciso entender que cada sujeito elabora essa passagem pelo hospital de forma muito particular.
Portanto, quando se trata de uma instituição hospitalar o cuidado se torna mais abrangente é um “cuidado” que vai além do cuidado medicamentoso; fala-se do cuidado com o outro, onde o paciente é visto como ser humano que no momento passa por necessidade de atenção e que como tal precisa ser respeitado.
Como já percebemos ser um paciente hospitalizado vai muito além de um nº de leito, uma doença, um órgão, antes de tudo é uma pessoa que merece ser chamada pelo nome e obter todas as informações sobre sua doença, diagnósticos, procedimentos a que será submetido e prognóstico. Portanto, merecedor de dignidade e respeito.
O profissional deve ter em mente que sua relação é feita com outra pessoa ( o paciente) e não sobre outra (um corpo) . Sentir-se acolhido e respeitado ajuda para que o paciente tenha equilíbrio (homeostase).
Na prática o paciente não se satisfaz apenas com a competência profissional, (que muitas vezes nem consegue saber se existe ou não) o que se verifica de imediato, se avalia e aprecia ou detesta é a forma de atendimento, a maneira como as ações técnicas são praticadas.
Na sua grande maioria os pacientes não conseguem avaliar se os procedimentos a que estão sendo submetidos seguem as técnicas corretas e muitas vezes com vergonha de perguntar, ficam com dúvidas o que pode até vir a prejudicar o tratamento criando fantasias e aumentando a ansiedade. Porém, qualquer paciente mesmo que analfabeto percebe quando está sendo tratado com dignidade, carinho e atenção. E todo esse “cuidado” é mais um componente que contribuirá no prognóstico.
Mas não podemos esquecer que quem cuida em algum momento precisou ou precisará de cuidados também. E não pode ser diferente pois somente exercerá esta função “cuidar” se tiver com seu próprio “cuidado” atendido e isso no que diz respeito ao físico e ao psicológico. É de extrema importância que a saúde do profissional de saúde esteja em dia (parece óbvio mas, é muito comum que isso não aconteça).
As relações entre paciente e profissional estão permeadas pelas necessidades internas de ambos e o cuidador possui também suas próprias “feridas” e necessidades adquiridas ao longo de seu processo existencial.
Para que o profissional tenha suas próprias necessidades atendidas enquanto ser humano; se faz necessário que as organizações de saúde estejam atentas promovendo ações focadas e diferenciadas no desenvolvimento pessoal e profissional e com isso possam contribuir para o crescimento de seus colaboradores.
É preciso entender que o desenvolvimento da prática de “cuidador” se dá quando se passa pela experiência de ser “cuidado” . Essa prática se intensifica com programas contínuos de humanização implantados pelas instituições.

Sandra Santos

Psicóloga Clínica e Hospitalar
srsantos2@ig.com.br

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Graduada em Psicologia - Universidade Estácio de Sá
Especialista em Psicologia Hospitalar pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro

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Graduada em Psicologia - Universidade Estácio de Sá
Especialista em Psicologia Hospitalar pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro


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